TP 5
P R O J E T O E
E S P E R A N Ç A
Reconfigurações do espaço planejado
q u e t e m o s
s a m a m b a i a
q u e t e m o s
s a m a m b a i a
identificando "vazios"
Os vazios que estão entre as RAs na verdade não são vazios, mas sim grandes porções de áreas rurais e faixas de cerrado que controlam a expansão das ocupações urbanas. Mas não só isso, o território e o bioma estavam aqui antes de nós e estarão depois que partimos dessa vida.
macrozoneamento de samambaia
Não acompanhamos em totalidade esses processos porque o Cerrado demorou milhares de anos para se formar e está em constante transformação de sua biodiversidade com todos os seus sistemas, como fauna, flora, hidrografia, climas e microclimas, etc.
Tendo em vista a sensibilidade ambiental caracterizada pelo posicionamento da região em importantes unidades hidrográficas, samambaia consta com importantes corpos d'água que abastecem as bacias da região, e por isso, a região próxima ao Córrego Taguatinga e suas nascentes é protegida pela ARIE JK, que se conecta a outras áreas de interesse ambiental através dos conectores ambientais.
unidades hidrográficas
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ARIE e conector ambiental
O traçado das nossas estratégias parte desses fatores, tendo como metodologia identificar essas faixas de cerrado e corpos d'água que cercam a nossa RA de estudo, e reforçá-las em todo o decorrer das nossas propostas.
Agora num caráter mais aproximado, os vazios urbanos de Samambaia ainda são presentes, mas desta vez, estes são criados devido a grande quantidade de lotes inutilizados ou subutilizados na região, mas desta vez, contrário aos "vazios" entre RA's, estes causam desconforto e insegurança para os moradores.
lotes vagos e subutilizados em samambaia
lotes vagos e subutilizados próximos ao centro urbano
A quantidade de lotes vagos em samambaia é imensa, e espalhada por toda a extensão da RA. Mas é justamente no centro urbano de samambaia que este vazio é mais notável. E não só por possuir a maior concentração de vazios, mas também a falta de oportunidade dos moradores de ocuparem o espaço com atividades, comércios ou lazer devido a inutilização dos lotes, torna a área meramente o centro físico da cidade, tirando o caráter urbano.
relação com o entorno
mapa dos acessos a samambaia
O mapa acima ilustra a relação de samambaia com as outras RA's do DF, e nota-se que o eixo Leste-Oeste é bastante marcado até mesmo pelo desenho da cidade, onde este eixo é reforçado tanto pela linha de metrô chegando em samambaia, quanto pela BR 060/EPCT, e até mesmo pelas faixas de cerrado paralelas nas extremidades que evidenciam esse direcionamento.
q u e q u e r e m o s
s a m a m b a i a
Como partido de projeto, propomos um novo eixo Norte-Sul, que consolida a ligação viária entre Ceilândia e Samambaia, subvertendo a predominânica da mobilidade no sentido leste-oeste, e focada na experiencia do pedestre, do ciclista e do usuário de metrô, para reforçar o uso desse modal, inclusive estendendo-o ao Recanto das Emas.
Aliado a esse eixo trabalhamos o ajardinamento das faixas ainda não ocupadas na Samambaia por onde a proposta de requalificação da via passa.
Esse ajardinamento vem atrelado ao discurso de recomposição do Cerrado, usando espécies nativas para requalificar o espaço urbano, formando as paisagens de savana como apresentado pelo escritório Jardins de Cerrado para a requalificação do Estádio Mané Garrincha.
conectando territórios
storyline da proposta de conexão entre RA's
desenhando vazios
eixo de intervenção dentro de samambaia
storyline da implantação do parque linear
identificação dos lotes a serem realocados
área de realocação dos lotes retirados
o cerrado reocupando samambaia
proposta de intervenção
storyline da intervenção do parque linear
colocando o pedestre em primeiro lugar
mapeamento da abrangência das linhas de metrô
mapa de hierarquias viárias
consolidação do VLT e do metrô
Vista da ponte de conexão
esquema conceitual da ponte
maquete física do eixo de conexão
situação existente das rotatórias
storyline da intervenção na via de conexão
corte viário do eixo de mobilidade
localização do detalhamento
Vista da implantação do VLT e modificação da via
atendendo a comunidade
zoneamento da área de intervenção
localização do detalhamento
escola classe e praça dos cogumelos
equipamentos de esporte
centro comunitário e feira
A principal característica do parque é retomar a raiz modernista brasileira na concepção do solo, tradição que remonta desde o Edifício Capanema, já que queremos reinserir o cerrado dentro de Samambaia, fazemos isso tornando o chão público, não há mais a relação de lote, no parque a delimitação dos espaços se dá pelos edifícios de uso misto (Comércio e Habitacional), que serpenteiam pelos vazios com pilotis formando grandes fachadas ativas, que fornecem comércio para o entorno e colocam sempre os olhos nas ruas resgatando o conceito de Jane Jacobs.
A definição da área do parque segue uma configuração diferente das configurações pré-existentes, no parque, o chão é público e os equipamentos coletivos desenham o vazio, os caminhos entre os prédios costuram os acessos e rotas, lendo as potencialidades do que já existe, criando espaços não somente de passagem, mas também de permanência.